sexta-feira, 31 de maio de 2019

Reunião de Formação - História do Hip Hop 31.05.2019

 O Hip Hop e RAP e sua mensagem libertadora para a periferia ... 


Se liga nos versos....

"O sistema manipula sem ninguém saber

A lavagem cerebral te fez esquecer

Que andar com as próprias pernas não é difícil
Mais fácil se entregar, se omitir"... 
...Racionais ensinou muita coisa hoje e Vidal também...

É assim que planejamos abordar os assuntos do cotidiano dos nossos alunos...

   Nosso dia a dia está sendo bombardeado por uma avalanche de violência. Bullying, cyberbullying, assassinatos, intolerâncias de toda ordem, motivadas por racismo, por sexismo - que resulta em violência contra as mulheres -, homofobia, bullying, cyberbullying, todo tipo de intolerância religiosa. 
      Nossa escola não está livre desses problemas: o Bullying, o racismo e a homofobia são manifestações dessa violência que estão presente no dia-a-dia dos nossos alunos. Essas ações são extremamente deletérias, que acabam construindo um caldo de cultura extremamente violento, em que as pessoas não se sentem seguras ou protegidas.  Sua identidade, seja de raça, de gênero, de orientação sexual ou religiosa, não é respeitada. Isso produz, como consequência, um ambiente social extremamente deteriorado.

A escola pública, preocupada com a construção de uma cultura de paz e alicerçada nos princípios democráticos, lastreada pelos Direitos Humanos e de Cidadania, não pode ficar omissa a esses debates. Pois, além da preparação para a cidadania e para o trabalho, a função social da escola de hoje consiste na formação de seus alunos para a convivência democrática, numa cultura de diversidade. Saber conviver com a diversidade não é uma tarefa fácil, porque nos desafia a questionar constantemente nossos valores, a rever posicionamentos e a incorporar novas crenças àquelas já existentes e muitas vezes cristalizadas dentro de nós. 
Nesse novo modelo de sociedade, que busca uma cidadania cada vez mais ampliada, temos que ser capazes de ser reflexivos e exercitar efetivamente a democracia. Na sua essência, a democracia defende o direito de participação de todos em todas as decisões que favoreçam a qualidade de vida em sociedade. Para que haja essa verdadeira participação, todos os indivíduos necessitam conhecer e viver, desde a sua infância, os princípios democráticos desenvolvendo assim sua “autonomia democrática”.
No entanto, a democracia não pode ser apenas um discurso, apenas uma ideia ou um ideal a atingir, mas um modo concreto de vida, um processo de experiência que vai enriquecendo o próprio processo de construção da Democracia, o qual, desta forma, avança.  Nesse sentido, o Grêmio Estudantil é um espaço riquíssimo da construção dessa autonomia.
Um Grêmio Estudantil pode ser uma instância da qual podem derivar práticas sociais orientadas por uma perspectiva de formação não apenas do indivíduo, mas também e, principalmente, do cidadão, então nada mais natural que entender o espaço do Grêmio Estudantil no sentido de uma educação para a cidadania: a formação de um cidadão inserido nas mudanças políticas, sociais e econômicas da sociedade atual.
O protagonismo juvenil pode ajudar na formação do cidadão, inclusive no sentido de em algum momento de seu futuro, posicionar-se politicamente de forma mais amadurecida e lúcida, com base não só em ideias, mas, principalmente, em suas experiências (práticas e vivências) concretas em face da realidade. Assim, ao reconhecer o direito de escolher um caminho de vida próprio, de ser respeitado nessas escolhas e de viver de modo digno e satisfatório em qualquer alternativa, de acordo com próprias aptidões, desejos e valores, há a consolidação do direito de ser diferente, o que atualmente chamamos de diversidade cultural.
Nesse sentido, a escola, um espaço formador privilegiado pela humanidade para formar mentes, corpos e sensibilidades das pessoas, para uma vida mais justa, fraterna e cidadã, é um dos espaços sociais reflexivos mais apropriados de formação integral dos indivíduos, por meio da construção e cultivo de valores, saberes e atitudes propícios/as no que tange à substanciação do respeito à dignidade individual e coletiva das pessoas, à luz dos Direitos Humanos.
 Discutir os problemas que envolvem as práticas de violência e da intolerância, na perspectiva de desenvolver ações educativas capazes de promover a superação desses problemas, a partir da redução deles, é um dos desafios posto para nossa escola e para os alunos organizados nos grêmios. 
Para fortalecer os laços de coletividade, de cooperação e fraternidade junto a nossa  comunidade escolar e contribuindo para a formação de pessoas conhecedoras de seus direitos e deveres estabelecemos uma uma parceria com alguns companheiros representantes do Hip Hop e do Rap Nacional, que residem na nossa comunidade para que, através da música e da poesia, possamos dialogar com nossos alunos sobre os mais variados assuntos do cotidiano. 
    Esperamos que  através desse recurso possamos adentrar  no universo simbólico dos jovens, falando a mesma linguagens deles possamos construir novas formas de socialidades respeitando a dignidade humana e também em sua pluralidade.
    Em conversas anteriores com os alunos, percebemos que o Hip Hop e o Rap, tem grande potencial de dar significados as vontades, as frustrações, a raiva e as expectativas do cotidiano juvenil. 
  Pretendemos oferecer oficinas que abordem tanto a origem do Hip Hop e do Rap como estudar as letras, relacionando-as à vivências dos alunos e, se possível, descobrir alguns talentos. 
Uma breve histórico 
   O rap (ritmo e poesia) é de origem jamaicana, apareceu por volta dos anos 60 nos guetos e nas periferias. Sons eram instalados pelas ruas, tendo sempre um DJ e um “toaster” (que fala durante a execução da música).
   Acredita-se que o rap tenha sido a força para o hip hop, pois muitos jovens emigraram para os Estados Unidos, em razão dos problemas políticos e econômicos que o país passava na época, através de Kool Herc, um dos maiores DJs.
   O surgimento do hip hop também é marcado pela opressão social sofrida pelas classes mais abastadas, porém nos Estados Unidos, já na década de 70. Da mesma forma, os jovens passaram a reivindicar seus direitos, através de letras musicais ritmadas e poéticas, porém tanto quanto hostis.
   O hip hop é uma cultura criada nas ruas, através da união desses jovens de periferias, atrelando a expressão de quatro vertentes artísticas: o grafite, os DJs, os MCings (rimas improvisadas) e o break (estilo de dança).
  Desses movimentos surgem as letras agressivas e questionadoras, contra as imposições das leis, as injustiças sociais, violência nas favelas, a desvalorização do negro na sociedade, sexo, drogas, dentre outros
 Contaminando a escola....
    Sabemos que essas nossas discussões poderão afetar positivamente as diversas  áreas do conhecimento contribuindo para o aumento da criatividade e motivando para uma aprendizagem significativa voltada para o desenvolvimento integral dos sujeitos, inseridos na sociedade
Em geografia, por exemplo, é possível estudar sobre as áreas nas quais os movimentos apareceram, como vivem essas populações periféricas, as condições precárias das favelas, falta de saneamento básico, etc. Em história, pode-se levantar o surgimento dos dois estilos, através de pesquisas mais detalhadas, além de pesquisar a origem das bandas, a formação dos grupos, levando para análises críticas e político-sociais, buscando entender o que pretendem atingir com a agressividade das letras. 
O grafite do movimento hip hop deve integrar as aulas de artes e história da arte, onde os alunos produzam obras de arte em tecidos, cartazes ou mesmo numa parede cedida pela direção da escola. Mas tudo deve ser embasado em lutas sociais, reivindicações para uma sociedade mais justa.
O tema proposto serve de palco para grandes discussões dentro de sociologia e filosofia, levantando-se questões sobre os movimentos sociais, as divisões da sociedade em classes, os direitos e deveres dos cidadãos, o que se busca atingir com tais estilos musicais, como os jovens de hoje reagem diante dos ritmos apresentados, etc.
Foi combinado que nossas oficinas terão intervalos de 15 dias. 

Roda de conversa:  história do Hip Hop

Um pouco de história do Hip Hop



Um pouco de história do Hip Hop

quarta-feira, 29 de maio de 2019

Manutenção do Minhocário - Coleta de Húmus de Minhoca - 29.05.2019

Hoje realizamos a retirada do húmus de minhoca do minhocário.  O húmus foi ensacado e sará utilizado na adubação da horta e do jardim.  

Nosso minhocário/gongolário

As Minhocas 
As minhocas são animais invertebradosde corpo cilíndrico e alongado formado por vários anéis. É um verme da ordem dos anelídeos, com mais de 2.000 espécies espalhadas por todo o mundo. Elas são animais hermafroditas e quando encontradas na natureza se alimentam de praticamente de tudo. Outra característica desses animais é a sua relação de espaço, pois, quando mantidas em espaços pequenos, sem alimentação e água, as minhocas acabam cometendo suicídio coletivo, enovelando-se umas nas outras.

No nosso minhocário há as variedades vermelhas californianas  e minhocas africanas

Minhoca Vermelha - A Lumbricus rubellus ou minhoca vermelha da Califórnia é a mais criada em países como Estados Unidos e Brasil. Devido às suas características específicas como a calma, a resistência, a movimentação lenta e o hábito de não se aprofundar muito na terra, estando em liberdade ou mesmo em canteiro, a minhoca vermelha se espalhou por quase todo o mundo, adaptando-se muito bem em praticamente todas as regiões. Com relação à produtividade, a minhoca vermelha se destaca, com elevado potencial na “fabricação” de húmus e elevada capacidade de reprodução, o que a eleva à posição de minhoca preferida pelos criadores, tanto para as criações comerciais quanto para minhocários.

Minhoca Africana - A Eudrilus eugeniae, ou minhoca africana, ou ainda minhoca gigante africana, é uma espécie bastante exótica, cujo comprimento médio é de cerca de 10 centímetros, podendo chegar até impressionantes 22 centímetros. Por ser inquieta, aromática e apresentar cores vibrantes ao longo do dorso, a minhoca africana é utilizada em larga escala como isca para pesca, pois é facilmente percebida pelos peixes, embora também seja usada para a alimentação animal ou mesmo como matriz reprodutora. Todavia, alguns criadores têm se queixado muito das minhocas africanas por sua atitude “rebelde”, visto que fogem com frequência dos canteiros e dos minhocários.

A minhoca é muito importante para o solo, por vários fatores. Em primeiro lugar, ela é detritívora, ou seja, alimenta-se de restos orgânicos de vegetais e animais. Por ter esse tipo de alimentação, ela elimina em suas fezes restos alimentares que sofrem a ação de bactérias decompositoras. Essas bactérias, ao agirem sobre esses restos alimentares, produzem um material chamado de húmus.

O húmus é muito importante para o crescimento das plantas, pois contém nitrogênio, fósforo e potássionutrientes necessários para a planta crescer e se desenvolver.
Além de produzir o húmus necessário para o crescimento das plantas, as minhocas, ao se movimentarem embaixo da terra, vão fazendo túneis, que favorecem a ventilação das raízes das plantas e a penetração da água das chuvas, o que colabora para a melhor absorção de água pelas raízes.
As minhocas podem viver em torno de 16 anos, reproduzindo-se muito rapidamente. Calcula-se que cada minhoca põe em torno de 15 milhões de ovos em toda a sua vida.

Os Gongolos ou  Embuás

Os gongolos, também conhecidos como piolho-de-cobra e embuá, são excelentes trituradores de resíduos sólidos e podem produzir um adubo orgânico que não deixa nada a desejar do composto gerado pelas minhocas.

Na nossa escola fazemos um consórcio Embuás + Minhocas (vermelha-da-califórnia e a gigante africana). 

A gongocompostagem funciona por meio da parceria entre o gongolo e os microrganismos presentes no solo e nos resíduos. Os gongolos trituram os materiais, facilitando a decomposição por esses microrganismos. É por meio desta decomposição que os resíduos são transformados em adubo orgânico. Estudos da Embrapa revelam que  o processo de gongocompostagem pode levar de 90 a 120 dias, dependendo do material utilizado e da umidade do local.  O húmus do gongolo não precisa ser misturado a outros materiais, e já pode ser aplicado diretamente para a produção de mudas e também em hortas. Já no composto da minhoca, é recomendado ainda adicionar palha de arroz carbonizada ou pó de carvão para melhorar a textura do adubo.A gongocompostagem reduz ainda o volume dos resíduos em até 70%, sendo uma ótima opção para utilização em lixões.Aqui na escola nós deixamos os  resíduos dentro da composteira por alguns dias, para serem semidecompostos  e depois transferimos o material para o minhocário/gongolário e eles continuam com a trituração dos materiais, gerando o húmus.Nossa composteira foi adiquirida em um ferro velho (uma carcaça de geladeira de metal) e o minhocário/gongolário  adaptado em uma velha caixas d’água.Constantemente observamos os recipientes para uma possível umidificação. 


O material é retirado no recipiente, peneirado para retirada de pedras e resíduos maiores e ensacado. 


Minhocas Vermelhas e Africanas

Minhocas Vermelhas e Africanas


 Embuás ou Gongolos, conhecidos como piolho de cobra 

  Embuás ou Gongolos, conhecidos como piolho de cobra 

  Embuás ou Gongolos, conhecidos como piolho de cobra 

 Embuás ou Gongolos, conhecidos como piolho de cobra 
Ana Clara auxiliando os companheiros na retirada do húmus


Retirando o húmus do recipiente

Oficina da Escrita com a Professora Irandi Pereira - 28.05.2019

   Oficina de escrita

O registro cotidiano de fatos relevantes para uma comunidade é uma prática de letramento comum em nossa sociedade. Uma das maneiras de realizar esse registro é pelo jornal. Ele pode ser impresso, televisivo, radiofônico, virtual. Pode ter circulação ampla (internacional, nacional), ou local (jornal de sindicato, de associação de moradores etc.). 
    Em razão da importância desse meio de comunicação em nossa sociedade, pensamos em proporcionar aos alunos do projeto e do Grêmio Estudantil uma sequência de atividades que contribua para a criação de um jornal do Grêmio.
   Esse meio de comunicação pode registrar fatos e eventos da sala de aula, da escola e da comunidade que sejam relevantes para os jovens. 
    A ideia é confeccionar o jornal de maneira que possa sempre ser atualizado e que possa circular entre os alunos da escola. 

  Além de introduzir o trabalho com diversos gêneros que compõem o jornal, esta proposta envolve a produção de textos multimodais, como a maioria dos textos que circulam em nossa sociedade hoje, em que linguagens verbal e não verbais são combinadas para construir sentidos. 

Para alcançar tais objetivos estabelecemos uma parceria com a professora Irandi Pereira. Professora formada pela USP que voluntariamente irá ministrar uma sequência de   oficinas de escrita. 
A professora Irandi Pereira foi apresentada pelo Sr. Mário, membro da comunidade da EMEF Constelação do Índio, pai de aluno, membro do Conselho de Escola e organizador do Fórum de Defesa da Criança e do Adolescente Grajaú II. 

Decidimos fazer reuniões a cada 15 dias. 



Alunos do Progeto Educação em Direitos Humanos, Projeto Música (Prof. Alex), Projeto Teatro (Profª Natália) e alunos do Grêmio Estudantil. 


Professora Irandi e Mário (Membro do Fórum Grajaú II e membro do Conselho de Escola da Unidade Escolar) - O Sr. Mário foi o interlocutor da parceria entre a Profª Irandi e a escola. 


Professora Irandi e Mário (Membro do Fórum Grajaú II e membro do Conselho de Escola da Unidade Escolar) - O Sr. Mário foi o interlocutor da parceria entre a Profª Irandi e a escola. 


Alunos lendo o conteúdo do projeto


Alunos lendo o conteúdo do projeto

Alunos lendo o conteúdo do projeto

 Professora Irandi apresentando o projeto para a turma


Professora Irandi apresentando o projeto.

Reunião de Organização do Grêmio Estudantil - 28.05.2019

Nesta data os alunos do projeto acompanharam a reunião do Grêmio Estudantil. Recebemos a visita do Sr. Mário, pai e representante do Conselho de Escola e da Professora Irandi, que fará uma parceria conosco, na construção do Jornal do Grêmio. 
Nossa tarefa, "Projeto Educação em Direitos Humanos" será dar suporte apoio logístico às atividades sendo que o alunos do projeto também poderão realizar as oficinas juntamente com os alunos do Grêmio.  

Reunião do Grêmio Estudantil 

Reunião do Grêmio Estudantil 

Reunião do Grêmio Estudantil 

Reunião do Grêmio Estudantil 

Reunião do Grêmio Estudantil 

Reunião do Grêmio Estudantil 

Sr. Mário e Sra. Irandi observando a reunião 

A professora Lilian, coordenadora pedagógica, compareceu na reunião e deu sugestões de pauta. A professora Aline acompanhou a reunião como orientadora do Grêmio.  

Alunos registrando a reunião 

Alunos exercitando a democracia e a participação política 


sexta-feira, 24 de maio de 2019

Reunião de Formação - Apresentação - Dialogando com a juventude através do Hip Hop - 24.05.2019

O Hip Hop e RAP e sua mensagem liberdadora para a periferia ... 
Se liga nos versos....
"O sistema manipula sem ninguém saber
A lavagem cerebral te fez esquecer
Que andar com as próprias pernas não é difícil
Mais fácil se entregar, se omitir"...
...Racionais ensinou muita coisa hoje e Vidal também..

 O Hip Hop e RAP e sua mensagem libertadora para a periferia ... 


Se liga nos versos....

"O sistema manipula sem ninguém saber

A lavagem cerebral te fez esquecer
Que andar com as próprias pernas não é difícil
Mais fácil se entregar, se omitir"... 
...Racionais ensinou muita coisa hoje e Vidal também...

É assim que planejamos abordar os assuntos do cotidiano dos nossos alunos...

   Nosso dia a dia está sendo bombardeado por uma avalanche de violência. Bullying, cyberbullying, assassinatos, intolerâncias de toda ordem, motivadas por racismo, por sexismo - que resulta em violência contra as mulheres -, homofobia, bullying, cyberbullying, todo tipo de intolerância religiosa. 
      Nossa escola não está livre desses problemas: o Bullying, o racismo e a homofobia são manifestações dessa violência que estão presente no dia-a-dia dos nossos alunos. Essas ações são extremamente deletérias, que acabam construindo um caldo de cultura extremamente violento, em que as pessoas não se sentem seguras ou protegidas.  Sua identidade, seja de raça, de gênero, de orientação sexual ou religiosa, não é respeitada. Isso produz, como consequência, um ambiente social extremamente deteriorado.

A escola pública, preocupada com a construção de uma cultura de paz e alicerçada nos princípios democráticos, lastreada pelos Direitos Humanos e de Cidadania, não pode ficar omissa a esses debates. Pois, além da preparação para a cidadania e para o trabalho, a função social da escola de hoje consiste na formação de seus alunos para a convivência democrática, numa cultura de diversidade. Saber conviver com a diversidade não é uma tarefa fácil, porque nos desafia a questionar constantemente nossos valores, a rever posicionamentos e a incorporar novas crenças àquelas já existentes e muitas vezes cristalizadas dentro de nós. 
Nesse novo modelo de sociedade, que busca uma cidadania cada vez mais ampliada, temos que ser capazes de ser reflexivos e exercitar efetivamente a democracia. Na sua essência, a democracia defende o direito de participação de todos em todas as decisões que favoreçam a qualidade de vida em sociedade. Para que haja essa verdadeira participação, todos os indivíduos necessitam conhecer e viver, desde a sua infância, os princípios democráticos desenvolvendo assim sua “autonomia democrática”.
No entanto, a democracia não pode ser apenas um discurso, apenas uma ideia ou um ideal a atingir, mas um modo concreto de vida, um processo de experiência que vai enriquecendo o próprio processo de construção da Democracia, o qual, desta forma, avança.  Nesse sentido, o Grêmio Estudantil é um espaço riquíssimo da construção dessa autonomia.
Um Grêmio Estudantil pode ser uma instância da qual podem derivar práticas sociais orientadas por uma perspectiva de formação não apenas do indivíduo, mas também e, principalmente, do cidadão, então nada mais natural que entender o espaço do Grêmio Estudantil no sentido de uma educação para a cidadania: a formação de um cidadão inserido nas mudanças políticas, sociais e econômicas da sociedade atual.
O protagonismo juvenil pode ajudar na formação do cidadão, inclusive no sentido de em algum momento de seu futuro, posicionar-se politicamente de forma mais amadurecida e lúcida, com base não só em ideias, mas, principalmente, em suas experiências (práticas e vivências) concretas em face da realidade. Assim, ao reconhecer o direito de escolher um caminho de vida próprio, de ser respeitado nessas escolhas e de viver de modo digno e satisfatório em qualquer alternativa, de acordo com próprias aptidões, desejos e valores, há a consolidação do direito de ser diferente, o que atualmente chamamos de diversidade cultural.
Nesse sentido, a escola, um espaço formador privilegiado pela humanidade para formar mentes, corpos e sensibilidades das pessoas, para uma vida mais justa, fraterna e cidadã, é um dos espaços sociais reflexivos mais apropriados de formação integral dos indivíduos, por meio da construção e cultivo de valores, saberes e atitudes propícios/as no que tange à substanciação do respeito à dignidade individual e coletiva das pessoas, à luz dos Direitos Humanos.
 Discutir os problemas que envolvem as práticas de violência e da intolerância, na perspectiva de desenvolver ações educativas capazes de promover a superação desses problemas, a partir da redução deles, é um dos desafios posto para nossa escola e para os alunos organizados nos grêmios. 
Para fortalecer os laços de coletividade, de cooperação e fraternidade junto a nossa  comunidade escolar e contribuindo para a formação de pessoas conhecedoras de seus direitos e deveres estabelecemos uma uma parceria com alguns companheiros representantes do Hip Hop e do Rap Nacional, que residem na nossa comunidade para que, através da música e da poesia, possamos dialogar com nossos alunos sobre os mais variados assuntos do cotidiano. 
    Esperamos que  através desse recurso possamos adentrar  no universo simbólico dos jovens, falando a mesma linguagens deles possamos construir novas formas de socialidades respeitando a dignidade humana e também em sua pluralidade.
    Em conversas anteriores com os alunos, percebemos que o Hip Hop e o Rap, tem grande potencial de dar significados as vontades, as frustrações, a raiva e as expectativas do cotidiano juvenil. 
  Pretendemos oferecer oficinas que abordem tanto a origem do Hip Hop e do Rap como estudar as letras, relacionando-as à vivências dos alunos e, se possível, descobrir alguns talentos. 
Uma breve histórico 
   O rap (ritmo e poesia) é de origem jamaicana, apareceu por volta dos anos 60 nos guetos e nas periferias. Sons eram instalados pelas ruas, tendo sempre um DJ e um “toaster” (que fala durante a execução da música).
   Acredita-se que o rap tenha sido a força para o hip hop, pois muitos jovens emigraram para os Estados Unidos, em razão dos problemas políticos e econômicos que o país passava na época, através de Kool Herc, um dos maiores DJs.
   O surgimento do hip hop também é marcado pela opressão social sofrida pelas classes mais abastadas, porém nos Estados Unidos, já na década de 70. Da mesma forma, os jovens passaram a reivindicar seus direitos, através de letras musicais ritmadas e poéticas, porém tanto quanto hostis.
   O hip hop é uma cultura criada nas ruas, através da união desses jovens de periferias, atrelando a expressão de quatro vertentes artísticas: o grafite, os DJs, os MCings (rimas improvisadas) e o break (estilo de dança).
  Desses movimentos surgem as letras agressivas e questionadoras, contra as imposições das leis, as injustiças sociais, violência nas favelas, a desvalorização do negro na sociedade, sexo, drogas, dentre outros
 Contaminando a escola....
    Sabemos que essas nossas discussões poderão afetar positivamente as diversas  áreas do conhecimento contribuindo para o aumento da criatividade e motivando para uma aprendizagem significativa voltada para o desenvolvimento integral dos sujeitos, inseridos na sociedade
Em geografia, por exemplo, é possível estudar sobre as áreas nas quais os movimentos apareceram, como vivem essas populações periféricas, as condições precárias das favelas, falta de saneamento básico, etc. Em história, pode-se levantar o surgimento dos dois estilos, através de pesquisas mais detalhadas, além de pesquisar a origem das bandas, a formação dos grupos, levando para análises críticas e político-sociais, buscando entender o que pretendem atingir com a agressividade das letras. 
O grafite do movimento hip hop deve integrar as aulas de artes e história da arte, onde os alunos produzam obras de arte em tecidos, cartazes ou mesmo numa parede cedida pela direção da escola. Mas tudo deve ser embasado em lutas sociais, reivindicações para uma sociedade mais justa.
O tema proposto serve de palco para grandes discussões dentro de sociologia e filosofia, levantando-se questões sobre os movimentos sociais, as divisões da sociedade em classes, os direitos e deveres dos cidadãos, o que se busca atingir com tais estilos musicais, como os jovens de hoje reagem diante dos ritmos apresentados, etc.
Foi combinado que nossas oficinas terão intervalos de 15 dias. 
Nossa primeira conversa

       Apresentações e levantamentos de temas de interesses 



Apresentações e levantamentos de temas de interesses 

Apresentações e levantamentos de temas de interesses 


Apresentações e levantamentos de temas de interesses 


Apresentações e levantamentos de temas de interesses 



Apresentações e levantamentos de temas de interesses 

Apresentações e levantamentos de temas de interesses 


Apresentações e levantamentos de temas de interesses 

quinta-feira, 23 de maio de 2019

Coletando terra vegetal no entorno da escola - 22.05.2019

Hoje retornamos ao entorno da escola e coletamos terra vegetal para produção das caixas-canteiros 

Alunos coletando terra vegetal no entorno da escola 

Alunos coletando terra vegetal no entorno da escola 

Alunos coletando terra vegetal no entorno da escola 

Alunos coletando terra vegetal no entorno da escola 

Alunos coletando terra vegetal no entorno da escola 

Alunos coletando terra vegetal no entorno da escola 

quarta-feira, 22 de maio de 2019

Construindo canteiros em caixas - 22.05.2019

Construção de canteiros em caixas plasticas adquiridas de ferro-velho. 
Primeiramente as caixas são compradas em ferro-velho (custa em torno de R$ 10,00 cada), depois as caixas forradas com telas velhas utilizadas em construção de prédios (ganhamos as telas, lavamos e guardamos). 

Adubação: 
  • Calcário  - correção de acidez do solo - A calagem tem dois objetivos principais que são: diminuir a acidez, ou seja aumenta o pH do solo e fornecer cálcio e magnésio para as plantas. É importante corrigir a acidez do solo para a faixa de pH entre 5,5 a 6,5 porque é quando os nutrientes se tornam disponíveis para as plantas absorverem. Assim, a calagem elimina a acidez, aumenta a CTC e melhora o aproveitamento de nutrientes pelas plantasAlém disso, a calagem neutraliza o alumínio, que é tóxico para as culturas. A importância disso no Brasil é ainda maior, já que nossos solos são ácidos e com quantidade significativa de alumínio.
  • Farinha de Osso  - farinha de osso é um produto muito rico em fósforo e cálcio. Ela é obtida pelo processo de calcinação e exerce a função de um ótimo adubo natural.
  • Terra vegetal  - obtida de terrenos baldios do entorno da escola. 
  • Esterco de galinha - O esterco de aves é rico em nutrientes, como nitrogênio, cálcio, fósforo e magnésio, entre outros elementos essenciais para o desenvolvimento das plantas. A matéria orgânica nele contida também é fundamental para melhorar a estrutura do solo, a capacidade de retenção de água e nutrientes e a proliferação de micro-organismos e minhocas.  Dentre os nutrientes podemos citar de maneira mais elaborada :
    Nutrientes encontrados encontrados:  Nitrogênio (N),  Fósforo (P),  Potássio (K),  Cálcio (Ca),  Magnésio (Mg),  Enxofre (S)
    Entre os micronutrientes, estão:  Zinco (Zn),  Boro (B),  Cobre (Cu),  Molibdênio (Mb) 
  • Torta de Mamona - A torta de mamona é um adubo orgânico farelento, muito usado em jardins como fonte do nutriente Nitrogênio, que é o que as plantas precisam em maior quantidade. Esse adubo é obtido das indústrias que extraem o óleo da mamona, que é hoje utilizado como biodiesel. Por ser um adubo orgânico, ele libera os nutrientes aos poucos para a planta, nutrindo por mais tempo, sem excessos. O adubo é também considerado um condicionador de solo, ou seja, ele melhora a qualidade geral da terra, facilitando a aeração, controlando a umidade, e retendo melhor os nutrientes. Existem também outros nutrientes na torta, como o Fósforo, o Potássio e os micronutrientes, mas em quantidades bem menores - A torta de mamona e tóxica. 
  • Farinha de casca de ovos - A casca de ovos são  riquíssimas em cálcio, potássio e magnésio. Para melhorar a disponibilidade destes nutrientes, é preciso deixa-las secar a sombra (para não perder o nitrogênio) moer as cascas até fazer uma farinha fina.
  • Carvão vegetal - O carvão vegetal ajuda a fixar os nutrientes no solo. Por ser poroso, também ajuda a aumentar a capacidade de retenção de água e facilita a proliferação de organismos vivos benéficos a horta. O carvão possui em sua composição magnésio, cobre, manganês, potássio entre outros elementos minerais enriquecedores do solo. Não é por acaso que a terra preta é considerada a mais produtiva, 15 % a mais que as demais.
  • Adubo químico - NPK - Os fertilizantes NPK são compostos por três macroelementos, sendo a sigla para Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K). São chamados de macroelementos pois são utilizados em grande quantidade pelas plantas e são fundamentais em todas as etapas: crescimento, florescimento e frutificação.

    Nitrogênio (N) - O nitrogênio é absorvido na forma de amônio ou nitrato pelas raízes e grande parte dele é utilizado para fabricação das proteínas (na forma de enzimas) e ácidos nucléicos. É a segunda substância mais importante para os vegetais logo após a água e afeta diretamente o desenvolvimento dos tecidos das plantas e sua reprodução. Por ser parte da clorofila, tem influência direta na realização da fotossíntese. Além disso, também se encontra na composição do DNA e RNA, atuando na fase de crescimento rápido das plantas. O que a falta desta subtância causa: as folhas mais velhas tendem a ficar amareladas e a planta perde a cor verde devido à falta de clorofila.
    Fósforo (P) - O fósforo é associado com a complexa transformação da energia na planta e com a regulação da síntese das proteínas. Quando adicionado ao solo, promove o crescimento das raízes e a resistência ao frio, auxilia o perfilhamento e acelera a maturação. Assim com o nitrogênio, sua sintetização também é importante. O que a falta desta substância causa: a planta apresenta crescimento debilitado e uma coloração anormal de verde escurecido. Quando as plantas são pequenas, as deficiências são similares as da falta de nitrogênio. Algumas outras colorações anormais como vermelho e amarelo em plantas podem ser ocasionadas por outros fatores, como temperatura do solo e ação de insetos.
    Potássio (K) É ativador de enzimas, agindo também na fotossíntese. Faz com que a planta tenha um melhor controle sobre suas funções vitais como respiração, perda de água e resistência a pragas. Com isso, deixa inclusive as raízes mais fortes e aumenta a resistência à aridez. O que a falta desta substância causa: quedas no rendimento das plantas e na qualidade física, na resistência à pragas, na vida útil dos frutos e também no valor alimentar dos grãos.


Grupo grande hoje

Grupo grande hoje



Apresentando o material utilizado 


Revestindo as caixas plasticas


Revestindo as caixas plasticas

Revestindo as caixas plasticas
O revestimento das caixas são importantes para não ocorrer a perda de terra e de nutrientes. 




Iniciando a atividade

Materiais utilizados: Húmus e vasilhames






Terra vegetal - Retirada de terrenos baldios no entorno da escola 




Húmus retirado do nosso minhocário 


Preparativos - materiais 




Carvão no fundo da caixa 



Quebrando o carvão 


Quebrando o carvão 




Húmus


Húmus 


Terra vegetal + Húmus

Rafael misturando o produtos




Explicação sobre a importância de cada produto



Vamos misturar


Misturando