sexta-feira, 24 de maio de 2019

Reunião de Formação - Apresentação - Dialogando com a juventude através do Hip Hop - 24.05.2019

O Hip Hop e RAP e sua mensagem liberdadora para a periferia ... 
Se liga nos versos....
"O sistema manipula sem ninguém saber
A lavagem cerebral te fez esquecer
Que andar com as próprias pernas não é difícil
Mais fácil se entregar, se omitir"...
...Racionais ensinou muita coisa hoje e Vidal também..

 O Hip Hop e RAP e sua mensagem libertadora para a periferia ... 


Se liga nos versos....

"O sistema manipula sem ninguém saber

A lavagem cerebral te fez esquecer
Que andar com as próprias pernas não é difícil
Mais fácil se entregar, se omitir"... 
...Racionais ensinou muita coisa hoje e Vidal também...

É assim que planejamos abordar os assuntos do cotidiano dos nossos alunos...

   Nosso dia a dia está sendo bombardeado por uma avalanche de violência. Bullying, cyberbullying, assassinatos, intolerâncias de toda ordem, motivadas por racismo, por sexismo - que resulta em violência contra as mulheres -, homofobia, bullying, cyberbullying, todo tipo de intolerância religiosa. 
      Nossa escola não está livre desses problemas: o Bullying, o racismo e a homofobia são manifestações dessa violência que estão presente no dia-a-dia dos nossos alunos. Essas ações são extremamente deletérias, que acabam construindo um caldo de cultura extremamente violento, em que as pessoas não se sentem seguras ou protegidas.  Sua identidade, seja de raça, de gênero, de orientação sexual ou religiosa, não é respeitada. Isso produz, como consequência, um ambiente social extremamente deteriorado.

A escola pública, preocupada com a construção de uma cultura de paz e alicerçada nos princípios democráticos, lastreada pelos Direitos Humanos e de Cidadania, não pode ficar omissa a esses debates. Pois, além da preparação para a cidadania e para o trabalho, a função social da escola de hoje consiste na formação de seus alunos para a convivência democrática, numa cultura de diversidade. Saber conviver com a diversidade não é uma tarefa fácil, porque nos desafia a questionar constantemente nossos valores, a rever posicionamentos e a incorporar novas crenças àquelas já existentes e muitas vezes cristalizadas dentro de nós. 
Nesse novo modelo de sociedade, que busca uma cidadania cada vez mais ampliada, temos que ser capazes de ser reflexivos e exercitar efetivamente a democracia. Na sua essência, a democracia defende o direito de participação de todos em todas as decisões que favoreçam a qualidade de vida em sociedade. Para que haja essa verdadeira participação, todos os indivíduos necessitam conhecer e viver, desde a sua infância, os princípios democráticos desenvolvendo assim sua “autonomia democrática”.
No entanto, a democracia não pode ser apenas um discurso, apenas uma ideia ou um ideal a atingir, mas um modo concreto de vida, um processo de experiência que vai enriquecendo o próprio processo de construção da Democracia, o qual, desta forma, avança.  Nesse sentido, o Grêmio Estudantil é um espaço riquíssimo da construção dessa autonomia.
Um Grêmio Estudantil pode ser uma instância da qual podem derivar práticas sociais orientadas por uma perspectiva de formação não apenas do indivíduo, mas também e, principalmente, do cidadão, então nada mais natural que entender o espaço do Grêmio Estudantil no sentido de uma educação para a cidadania: a formação de um cidadão inserido nas mudanças políticas, sociais e econômicas da sociedade atual.
O protagonismo juvenil pode ajudar na formação do cidadão, inclusive no sentido de em algum momento de seu futuro, posicionar-se politicamente de forma mais amadurecida e lúcida, com base não só em ideias, mas, principalmente, em suas experiências (práticas e vivências) concretas em face da realidade. Assim, ao reconhecer o direito de escolher um caminho de vida próprio, de ser respeitado nessas escolhas e de viver de modo digno e satisfatório em qualquer alternativa, de acordo com próprias aptidões, desejos e valores, há a consolidação do direito de ser diferente, o que atualmente chamamos de diversidade cultural.
Nesse sentido, a escola, um espaço formador privilegiado pela humanidade para formar mentes, corpos e sensibilidades das pessoas, para uma vida mais justa, fraterna e cidadã, é um dos espaços sociais reflexivos mais apropriados de formação integral dos indivíduos, por meio da construção e cultivo de valores, saberes e atitudes propícios/as no que tange à substanciação do respeito à dignidade individual e coletiva das pessoas, à luz dos Direitos Humanos.
 Discutir os problemas que envolvem as práticas de violência e da intolerância, na perspectiva de desenvolver ações educativas capazes de promover a superação desses problemas, a partir da redução deles, é um dos desafios posto para nossa escola e para os alunos organizados nos grêmios. 
Para fortalecer os laços de coletividade, de cooperação e fraternidade junto a nossa  comunidade escolar e contribuindo para a formação de pessoas conhecedoras de seus direitos e deveres estabelecemos uma uma parceria com alguns companheiros representantes do Hip Hop e do Rap Nacional, que residem na nossa comunidade para que, através da música e da poesia, possamos dialogar com nossos alunos sobre os mais variados assuntos do cotidiano. 
    Esperamos que  através desse recurso possamos adentrar  no universo simbólico dos jovens, falando a mesma linguagens deles possamos construir novas formas de socialidades respeitando a dignidade humana e também em sua pluralidade.
    Em conversas anteriores com os alunos, percebemos que o Hip Hop e o Rap, tem grande potencial de dar significados as vontades, as frustrações, a raiva e as expectativas do cotidiano juvenil. 
  Pretendemos oferecer oficinas que abordem tanto a origem do Hip Hop e do Rap como estudar as letras, relacionando-as à vivências dos alunos e, se possível, descobrir alguns talentos. 
Uma breve histórico 
   O rap (ritmo e poesia) é de origem jamaicana, apareceu por volta dos anos 60 nos guetos e nas periferias. Sons eram instalados pelas ruas, tendo sempre um DJ e um “toaster” (que fala durante a execução da música).
   Acredita-se que o rap tenha sido a força para o hip hop, pois muitos jovens emigraram para os Estados Unidos, em razão dos problemas políticos e econômicos que o país passava na época, através de Kool Herc, um dos maiores DJs.
   O surgimento do hip hop também é marcado pela opressão social sofrida pelas classes mais abastadas, porém nos Estados Unidos, já na década de 70. Da mesma forma, os jovens passaram a reivindicar seus direitos, através de letras musicais ritmadas e poéticas, porém tanto quanto hostis.
   O hip hop é uma cultura criada nas ruas, através da união desses jovens de periferias, atrelando a expressão de quatro vertentes artísticas: o grafite, os DJs, os MCings (rimas improvisadas) e o break (estilo de dança).
  Desses movimentos surgem as letras agressivas e questionadoras, contra as imposições das leis, as injustiças sociais, violência nas favelas, a desvalorização do negro na sociedade, sexo, drogas, dentre outros
 Contaminando a escola....
    Sabemos que essas nossas discussões poderão afetar positivamente as diversas  áreas do conhecimento contribuindo para o aumento da criatividade e motivando para uma aprendizagem significativa voltada para o desenvolvimento integral dos sujeitos, inseridos na sociedade
Em geografia, por exemplo, é possível estudar sobre as áreas nas quais os movimentos apareceram, como vivem essas populações periféricas, as condições precárias das favelas, falta de saneamento básico, etc. Em história, pode-se levantar o surgimento dos dois estilos, através de pesquisas mais detalhadas, além de pesquisar a origem das bandas, a formação dos grupos, levando para análises críticas e político-sociais, buscando entender o que pretendem atingir com a agressividade das letras. 
O grafite do movimento hip hop deve integrar as aulas de artes e história da arte, onde os alunos produzam obras de arte em tecidos, cartazes ou mesmo numa parede cedida pela direção da escola. Mas tudo deve ser embasado em lutas sociais, reivindicações para uma sociedade mais justa.
O tema proposto serve de palco para grandes discussões dentro de sociologia e filosofia, levantando-se questões sobre os movimentos sociais, as divisões da sociedade em classes, os direitos e deveres dos cidadãos, o que se busca atingir com tais estilos musicais, como os jovens de hoje reagem diante dos ritmos apresentados, etc.
Foi combinado que nossas oficinas terão intervalos de 15 dias. 
Nossa primeira conversa

       Apresentações e levantamentos de temas de interesses 



Apresentações e levantamentos de temas de interesses 

Apresentações e levantamentos de temas de interesses 


Apresentações e levantamentos de temas de interesses 


Apresentações e levantamentos de temas de interesses 



Apresentações e levantamentos de temas de interesses 

Apresentações e levantamentos de temas de interesses 


Apresentações e levantamentos de temas de interesses 

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